
IA e o entrave da informalidade no trabalho na América Latina
A priori, a IA (Inteligência Artificial) deve impactar fortemente menos da metade dos postos de trabalho na América Latina, devido à baixa exposição à tecnologia e à elevada taxa de informalidade na região.
A informação é do Fundo Monetário Internacional (FMI), que aponta ainda que cerca de 50% dos empregos mais expostos, por exemplo, os da área da saúde, podem se beneficiar do aumento da produtividade proporcionado pela IA.
O que diz o Dr. Daniel Maximilian Da Costa
Nesse contexto, a informalidade no emprego é hoje um dos principais obstáculos para o avanço tecnológico, afirma o administrador, especialista em ESG e fundador do Latin American Quality Institute (LAQI), Dr. Daniel Maximilian Da Costa.
“Sem acesso a sistemas financeiros, jurídicos e de capacitação, simultaneamente, milhões de pessoas ficam à margem das transformações impulsionadas pela inteligência artificial”, destaca o Dr. Daniel. “Para que a tecnologia se torne uma aliada do desenvolvimento econômico, primordialmente, é essencial investir na formalização do trabalho e na inclusão digital”, conclui.
Dados do FMI
Nesse sentido, o cenário é reforçado pelos dados do FMI, que mostram que o trabalho informal ainda é uma realidade predominante na América Latina.
Assim, em países como Bolívia, Peru e Honduras, mais de dois terços da força de trabalho atua na informalidade.
Em contraste, a inteligência artificial é mais amplamente aproveitada em economias desenvolvidas, como Reino Unido e Estados Unidos, onde a maior formalização do mercado de trabalho favorece a adoção de novas tecnologias.
O papel das empresas
Diante desses desafios, Daniel enfatiza que, além de políticas públicas, as empresas também têm um papel fundamental no enfrentamento da informalidade e na preparação para a era da inteligência artificial.
Segundo ele, de fato, investimentos estratégicos são essenciais para impulsionar essa transformação.
“Cada iniciativa deve considerar o contexto em que está inserida, mas existem diversos caminhos possíveis”, diz Daniel.
“Por exemplo: o investimento em programas de formalização de trabalhadores terceirizados, a promoção da inclusão digital nas cadeias produtivas, o apoio à capacitação técnica e a formação de parcerias com instituições de ensino”, sugere.
IA, ESG e Reputação
Dentro desse cenário, além dos impactos econômicos e tecnológicos, a informalidade também afeta a reputação das organizações.
Ademais, Daniel destaca que essa realidade também compromete, sobretudo, a dimensão social do ESG – sigla para Ambiental, Social e Governança.
Além disso, segundo ele, o impacto é ainda mais amplo, como aponta uma pesquisa da Nexus, que revela que para 26% dos brasileiros a falta de práticas alinhadas ao ESG é o principal motivo para deixar de admirar uma organização.
“Atualmente, não são apenas os órgãos reguladores que cobram responsabilidade das empresas, mas, o próprio cliente e o público em geral exigem ações concretas”, diz o Dr. Daniel.
“A informalidade no trabalho, além de limitar uma série de campos, interfere no compromisso social das organizações dentro do ESG. Portanto, quem não se adaptar a essa nova realidade corre o risco de perder credibilidade e espaço no mercado”, finaliza.
Sobre o Dr. Daniel Maximilian Da Costa

Administrador com especialização em ESG, marketing e mentoria. Doutor honoris causa pela Faculdade de Estudos de Pós-Graduação da Cidade do México e premiado pela Universidade Católica de Cuenca.
Adicionalmente, atua como Diplomata Corporativo e empresário, ao mesmo tempo, com foco em sustentabilidade, responsabilidade social e compliance.
Simultaneamente, integra o conselho da Global Mentoring Network e o júri internacional de excelência em gestão.
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