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Seminário: Climatização e proteção da Camada de Ozônio 

Evento em São Paulo reúne especialistas para debater tecnologias inovadoras e menos agressivas ao meio ambiente.

Seminário discute inovações em climatização para proteger a Camada de Ozônio.

O futuro da refrigeração e do ar condicionado no Brasil está em debate nesta semana em São Paulo. O seminário “Projetos para o Setor AVAC-R – Promovendo Ações em Benefício da Camada de Ozônio e do Clima” vai até amanhã (27). Iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do PNUD, em parceria com a ABRAVA e a ELETROS, o evento reúne especialistas e representantes do setor privado.

“Um dos temas que abordaremos nesse seminário é a situação atual de data centers no Brasil, as tecnologias disponíveis, o impacto na matriz energética brasileira, exemplos de projetos demonstrativos desenvolvidos em outros países e conta com um momento de debate para avaliar a viabilidade de projetos demonstrativos, definição de próximas etapas, assim como a identificação de possíveis beneficiários”, destaca a gerente de projetos no PNUD, Ana Paula Leal. 

Um dos pontos centrais do evento é o programa de assistência técnica para incentivar a substituição de equipamentos de ar condicionado que contém componentes prejudiciais para a Camada de Ozônio, como os fluidos refrigerantes HCFC-22 e HCFC-123. O objetivo é promover a adoção de tecnologias mais modernas, com menos agressão ao meio ambiente e que economizem energia. 

“Os principais beneficiários desse programa serão edifícios comerciais e industriais, como shopping centers, hospitais, hotéis e data centers. Durante o seminário, apresentamos as tecnologias disponíveis, critérios de elegibilidade e as atividades previstas para 2025 e 2026”, explica o assessor técnico do projeto no PNUD, Edgard Soares.

Distritos Térmicos

Outro ponto importante do seminário são os Distritos Térmicos, semelhantes a grandes centrais de ar condicionado. Em vez de cada prédio ter seu próprio sistema de resfriamento ou aquecimento, uma central atende a vários prédios de uma área. Essa ideia é bem mais eficiente, ajuda a reduzir a poluição e torna a manutenção dos sistemas de ar condicionado mais simples. 

“Em vez de cada construção ter seu próprio sistema de climatização, uma instalação central opera com alta eficiência energética, distribuindo água gelada ou quente para os edifícios conectados”, detalha o consultor Internacional do PNUD, Roberto Peixoto. No evento, estão sendo apresentadas experiências brasileiras e de sete distritos térmicos implementados na Colômbia, além de um estudo para identificar empreendimentos viáveis no Brasil.

O Brasil é 13º maior mercado de data centers do mundo (grandes centros onde ficam os servidores de internet). É importante que eles funcionem de forma sustentável. Por isso, o seminário discute também como esses locais podem ser mais ecológicos, usando, por exemplo, gases que agridem menos o meio ambiente nos seus sistemas de refrigeração e tecnologias que gastam bem menos energia.

“Estamos preparando a estratégia de implementação da Emenda de Kigali (KIP) no Brasil e, em 2026, vamos negociar recursos junto ao Fundo Multilateral para a Implementação da Etapa I desse futuro programa. É um momento oportuno para avaliarmos, em conjunto com o setor, a proposição de projetos demonstrativos para data centers que considerem o uso de sistemas de ar condicionado com fluido refrigerante de reduzido impacto ambiental e que apresentem elevada eficiência energética como, por exemplo, o liquid cooling”, destaca a analista ambiental do MMA, Frank Amorim.

Fonte: PNUD

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