Terceiro setor: A importância da profissionalização
Terceiro Setor: O poder da gestão e das parcerias para a transformação social.

Terceiro setor: A importância da profissionalização
Atualmente, o terceiro setor tem evidenciado a necessidade estratégica de investimento em profissionalização.
Da mesma forma, a sociedade civil organizada tem demonstrado uma capacidade de mobilização notável, historicamente.
Assim, movidas pelo profundo desejo de transformar a realidade e promover a justiça social, as organizações sociais têm se posicionado como protagonistas de diversas causas.
No entanto, para que essas revoluções continuem a gerar impactos cada vez mais significativos e sustentáveis, é imprescindível que mais iniciativas sejam profissionalizadas.
Tradicionalmente, o terceiro setor era visto como território marginalizado, habitado por idealistas e voluntários movidos pela caridade. Essa visão, no entanto, está cada vez mais ultrapassada.
Profissionalização
Hoje, as organizações sociais atuam em um cenário complexo e dinâmico, onde a competição por recursos é acirrada e a eficiência é uma exigência crescente.
Nesse sentido, para se destacar e alcançar seus objetivos, uma organização social precisa ir além da improvisação e do voluntarismo.
Dentro desse contexto, a profissionalização é uma necessidade estratégica e prática. Definitivamente, isso significa investir em gestão, formação de equipes qualificadas e fortalecimento institucional.
De fato, não basta apenas captar doações para atender às necessidades imediatas; é preciso construir uma base sólida que permita à organização crescer e, sobretudo, gerar mais impacto no médio e longo prazo.
Parcerias
Desse modo, parcerias com empresas e setor privado de maneira geral, são fundamentais.
Assim, essa integração entre o mundo corporativo e o terceiro setor cria sinergias que podem gerar soluções inovadoras para problemas sociais históricos.
Para isso, é essencial que as organizações aprendam a dialogar de forma estratégica, ou seja, utilizando uma linguagem orientada por resultados e adaptada aos líderes corporativos.
Naturalmente, esse discurso deve traduzir suas causas sociais em narrativas convincentes e persuasivas, ligadas não só aos objetivos das empresas, mas à apropriação das lideranças que as representam.
Por exemplo, se uma executiva, mesmo sendo de uma área vinculada à responsabilidade social não se apaixonar e se ver como agente de transformação da sua causa, como resultado, ela não vai mobilizar seu time e agenda sobrecarregada para viabilizar investimentos sociais para sua OSC.
Portanto, profissionalizar as organizações sociais não significa abandonar seus ideais e as vender a um corporativismo tóxico.
Pelo contrário, significa oferecer uma proposta de valor complementar ao que o mundo dos negócios precisa com contrapartidas claras.
Relatórios de Impacto
Adicionalmente, mais do que transparência para prestação de contas, crie relatórios de impacto para despertar confiança e credibilidade na atração de novos parceiros e investidores.
Agora, mais do que nunca, é necessário reconhecer que as revoluções sociais dependem de lideranças preparadas, que saibam aliar propósito a estratégia.
Em suma, transformar ambições em realidade, com pouco recurso e equipe, exige sensibilidade e capital social — atributos que só quem aprende a amar o que faz adquire.
Por Aziz Camali, cofundador do Orgânico Solidário, uma organização social que atua pela Soberania Alimentar Popular por meio da regeneração da agroecologia e fortalecimento da economia dos produtores familiares orgânicos do país.

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